Marraquexe (Marrakech-Medina)
Marraquexe é uma cidade do centro-sudoeste de Marrocos, situada perto do sopé norte da cordilheira do Alto Atlas. Conhecida como a "cidade vermelha", a "pérola do sul" ou a "porta do sul", é a capital da prefeitura homónima e da região de Marraquexe-Safim. e habitantes na prefeitura.
É a quarta maior cidade do país, a seguir a Casablanca, Fez e Tânger. Situa-se 580 km a sudoeste de Tânger, 327 km a sudoeste de Rabate, 240 km a sudoeste de Casablanca e 246 km a nordeste de Agadir. É das chamadas quatro cidades imperiais de Marrocos (as outras são Fez, Mequinez e Rabate) e a que atrai mais turistas.
A zona é habitada desde o Neolítico, quando agricultores berberes ali viviam, mas a cidade só foi fundada em 1062 por Abu Becre ibne Omar, um caudilho berbere primo do emir almorávida Iúçufe ibne Taxufine. No os Almorávidas construíram muitas madraças (escolas islâmicas) e mesquitas na cidade que apresentavam influências da arquitetura do Alandalus (Ibéria muçulmana). As muralhas avermelhadas da cidade, construídas por Ali ibne Iúçufe (Ben Youssef) em 1122-1123 e vários edifícios construídos em pedra igualmente avermelhada durante este período estão na origem de uma das suas alcunhas — "cidade vermelha" ou "cidade ocre". Marraquexe desenvolveu-se rapidamente e tornou-se um centro cultural, religioso e comercial para o Magrebe e para a região subsariana de África. A praça Jemaa el-Fna ainda hoje é a mais movimentada e animada de África; em 2001 foi inscrita nas listas do Património Cultural Imaterial da Humanidade. Depois de um período de declínio, a cidade foi ultrapassada por Fez, mas no princípio do tornou-se novamente a capital de Marrocos. Marraquexe ganhou de nova a sua proeminência durante os reinado dos ricos sultões saadianos Abu Abedalá Alcaim e , que a embelezaram com sumptuosos palácios como o el Badi (1578) e restauraram muitos monumentos em ruínas. A partir do, a cidade tornou-se popular entre os peregrinos sufistas devido a nele se situarem os túmulos dos chamados Sete Santos de Marraquexe.
À semelhança de muitas cidades marroquinas, Marraquexe tem uma parte antiga (ou almedina), correspondente à cidade primitiva, cercada de muralhas, fortificada, com ruas pejadas de lojas e vendedores de rua, rodeada por bairros modernos, nomeadamente Gueliz, o mais elegante deles, situado junto ao centro. A almedina de Marraquexe está classificada como Património Mundial desde 1985. A cidade é atualmente um importante centro económico e um destino turístico de fama mundial. Marraquexe tem também o maior maior soco (suq, mercado tradicional) berbere, com os 18 socos especializados que se concentram na almedina, onde se vendem e por vezes também se fabricam os mais variados produtos, que vão desde os tapetes tradicionais berberes até à eletrónica de consumo moderna. O artesanato ocupa uma parte significativa da população, e a sua produção destina-se principalmente aos turistas.
O significado e origem exatas do topónimo são temas de debate. Provavelmente tem origem nas palavras amazigues (berberes) mur (n) akush, que significam "Terra de Deus". Contudo, alguns alegam que o nome da cidade foi documentado pela primeira vez num manuscrito da biblioteca Quaraouiyine de Fez, onde o seu significado é apresentado como "país dos filhos de Cuxe". A palavra mur é usada atualmente em berbere na sua forma feminina tamurt. A mesma palavra mur pode ter originado o nome Mauritânia do reino norte-africano da Antiguidade, apesar dessa ligação ser controversa porque esse mesmo nome possivelmente tem origem no μαύρος (mauros), a antiga designação grega para os negros. A grafia em alfabeto berbere latino é Mṛṛakc e em árabe marroquino a pronúncia soa algo como "mer-reqx" (ou "merrequexe com as 3 últimas vogais praticamente mudas).
Desde a Idade Média até ao início do, Marrocos era conhecido como "Reino de Marraquexe", devido à cidade ter sido frequentemente a capital histórica do país ou dos seus reinos mais importantes. O nome de Marrocos em, e muitas línguas do Ásia Meridional ainda hoje é o mesmo da cidade. Em várias línguas europeias, nomeadamente em português, o nome do país deriva diretamente da palavra berbere Murakush. Por outro lado, a cidade era chamada no passado simplesmente "Cidade de Marrocos" (ou algo semelhante) por viajantes estrangeiros. O nome da cidade e do país divergiram depois do Tratado de Fez ter tornado Marrocos um protetorado francês e espanhol, mas o antigo uso intermutável continuou a ser muito usado até ao interregno de Maomé ibne Arafa. Este último episódio pôs em marcha o retorno do país à independência, quando Marrocos se tornou oficialmente al-Mamlaka al-Maġribiyya, sem referência à cidade de Marraquexe.
A cidade é conhecida por várias alcunhas, como "Cidade Vermelha", "Cidade Ocre" ou "Filha do Deserto" e foi usada em analogias poéticas como a que compara a cidade a "um tambor que rufa uma identidade africana na complexa alma de Marrocos".
Em português, a forma vernácula é Marraquexe, cuja prosódia se alterou historicamente. Em obras como o DOELP de José Pedro Machado, o Vocabulário da Língua Portuguesa de Rebelo Gonçalves e as do brasileiro Antenor Nascentes, a palavra aparece grafada como proparoxítona (Marráquexe). Por sua vez, a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira e a Enciclopédia Larousse grafam unicamente "Marraquexe" para o nome português da cidade. "Marraquexe" é igualmente a forma consagrada na seção toponímica do Grande Dicionário da Porto Editora, bem como a forma oficialmente adotada atualmente pela União Europeia, pelo Vocabulário Onomástico da Academia Brasileira de Letras (com força de lei no Brasil), pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil e pelo governo português. A grafia francesa Marrakech também é usada em português.
É a quarta maior cidade do país, a seguir a Casablanca, Fez e Tânger. Situa-se 580 km a sudoeste de Tânger, 327 km a sudoeste de Rabate, 240 km a sudoeste de Casablanca e 246 km a nordeste de Agadir. É das chamadas quatro cidades imperiais de Marrocos (as outras são Fez, Mequinez e Rabate) e a que atrai mais turistas.
A zona é habitada desde o Neolítico, quando agricultores berberes ali viviam, mas a cidade só foi fundada em 1062 por Abu Becre ibne Omar, um caudilho berbere primo do emir almorávida Iúçufe ibne Taxufine. No os Almorávidas construíram muitas madraças (escolas islâmicas) e mesquitas na cidade que apresentavam influências da arquitetura do Alandalus (Ibéria muçulmana). As muralhas avermelhadas da cidade, construídas por Ali ibne Iúçufe (Ben Youssef) em 1122-1123 e vários edifícios construídos em pedra igualmente avermelhada durante este período estão na origem de uma das suas alcunhas — "cidade vermelha" ou "cidade ocre". Marraquexe desenvolveu-se rapidamente e tornou-se um centro cultural, religioso e comercial para o Magrebe e para a região subsariana de África. A praça Jemaa el-Fna ainda hoje é a mais movimentada e animada de África; em 2001 foi inscrita nas listas do Património Cultural Imaterial da Humanidade. Depois de um período de declínio, a cidade foi ultrapassada por Fez, mas no princípio do tornou-se novamente a capital de Marrocos. Marraquexe ganhou de nova a sua proeminência durante os reinado dos ricos sultões saadianos Abu Abedalá Alcaim e , que a embelezaram com sumptuosos palácios como o el Badi (1578) e restauraram muitos monumentos em ruínas. A partir do, a cidade tornou-se popular entre os peregrinos sufistas devido a nele se situarem os túmulos dos chamados Sete Santos de Marraquexe.
À semelhança de muitas cidades marroquinas, Marraquexe tem uma parte antiga (ou almedina), correspondente à cidade primitiva, cercada de muralhas, fortificada, com ruas pejadas de lojas e vendedores de rua, rodeada por bairros modernos, nomeadamente Gueliz, o mais elegante deles, situado junto ao centro. A almedina de Marraquexe está classificada como Património Mundial desde 1985. A cidade é atualmente um importante centro económico e um destino turístico de fama mundial. Marraquexe tem também o maior maior soco (suq, mercado tradicional) berbere, com os 18 socos especializados que se concentram na almedina, onde se vendem e por vezes também se fabricam os mais variados produtos, que vão desde os tapetes tradicionais berberes até à eletrónica de consumo moderna. O artesanato ocupa uma parte significativa da população, e a sua produção destina-se principalmente aos turistas.
O significado e origem exatas do topónimo são temas de debate. Provavelmente tem origem nas palavras amazigues (berberes) mur (n) akush, que significam "Terra de Deus". Contudo, alguns alegam que o nome da cidade foi documentado pela primeira vez num manuscrito da biblioteca Quaraouiyine de Fez, onde o seu significado é apresentado como "país dos filhos de Cuxe". A palavra mur é usada atualmente em berbere na sua forma feminina tamurt. A mesma palavra mur pode ter originado o nome Mauritânia do reino norte-africano da Antiguidade, apesar dessa ligação ser controversa porque esse mesmo nome possivelmente tem origem no μαύρος (mauros), a antiga designação grega para os negros. A grafia em alfabeto berbere latino é Mṛṛakc e em árabe marroquino a pronúncia soa algo como "mer-reqx" (ou "merrequexe com as 3 últimas vogais praticamente mudas).
Desde a Idade Média até ao início do, Marrocos era conhecido como "Reino de Marraquexe", devido à cidade ter sido frequentemente a capital histórica do país ou dos seus reinos mais importantes. O nome de Marrocos em, e muitas línguas do Ásia Meridional ainda hoje é o mesmo da cidade. Em várias línguas europeias, nomeadamente em português, o nome do país deriva diretamente da palavra berbere Murakush. Por outro lado, a cidade era chamada no passado simplesmente "Cidade de Marrocos" (ou algo semelhante) por viajantes estrangeiros. O nome da cidade e do país divergiram depois do Tratado de Fez ter tornado Marrocos um protetorado francês e espanhol, mas o antigo uso intermutável continuou a ser muito usado até ao interregno de Maomé ibne Arafa. Este último episódio pôs em marcha o retorno do país à independência, quando Marrocos se tornou oficialmente al-Mamlaka al-Maġribiyya, sem referência à cidade de Marraquexe.
A cidade é conhecida por várias alcunhas, como "Cidade Vermelha", "Cidade Ocre" ou "Filha do Deserto" e foi usada em analogias poéticas como a que compara a cidade a "um tambor que rufa uma identidade africana na complexa alma de Marrocos".
Em português, a forma vernácula é Marraquexe, cuja prosódia se alterou historicamente. Em obras como o DOELP de José Pedro Machado, o Vocabulário da Língua Portuguesa de Rebelo Gonçalves e as do brasileiro Antenor Nascentes, a palavra aparece grafada como proparoxítona (Marráquexe). Por sua vez, a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira e a Enciclopédia Larousse grafam unicamente "Marraquexe" para o nome português da cidade. "Marraquexe" é igualmente a forma consagrada na seção toponímica do Grande Dicionário da Porto Editora, bem como a forma oficialmente adotada atualmente pela União Europeia, pelo Vocabulário Onomástico da Academia Brasileira de Letras (com força de lei no Brasil), pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil e pelo governo português. A grafia francesa Marrakech também é usada em português.
Mapa - Marraquexe (Marrakech-Medina)
Mapa
País - Marrocos
Bandeira de Marrocos |
Marrocos tem uma população de mais de 33,8 milhões de pessoas e uma área de 446,550 quilômetros quadrados. Sua capital é Rabate e a maior cidade é Casablanca. Um poder regional historicamente proeminente, Marrocos tem uma história da independência não compartilhada por seus vizinhos. Desde a fundação do primeiro Estado marroquino por Idris I em 788, o país foi governado por uma série de dinastias independentes, atingindo o seu zênite sob as dinastias almorávida e almóada, abrangendo partes da Península Ibérica e noroeste da África. As dinastias Merínida e Saadiana continuaram a luta contra a dominação estrangeira e Marrocos continuou a ser o único país do Norte da África a evitar a ocupação pelo Império Otomano. A dinastia Alauita, reinante atualmente, tomou o poder em 1666. Em 1912, Marrocos foi dividido em protetorados franceses e espanhóis, com uma zona internacional em Tânger, tendo recuperado a sua independência em 1956.
Moeda / Linguagem
ISO | Moeda | Símbolo | Algarismo significativo |
---|---|---|---|
MAD | Dirrã marroquino (Moroccan dirham) | د Ù…. | 2 |
ISO | Linguagem |
---|---|
FR | Língua francesa (French language) |
AR | Língua árabe (Arabic language) |